Seville, Spain, March 25 2016, Aerial view of the float depicting Jesus at the Column, surrounded by elaborately dressed figures during Holy Week in Seville.
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As esculturas góticas do pórtico da Igreja de Saint-Germain-l'Auxerrois, em Paris, datada maioritariamente dos séculos XIII a XV e que serviu como paróquia real durante a residência dos reis franceses no Palácio do Louvre, representam figuras reais e religiosas. As estátuas-coluna, típicas do gótico parisiense, apresentam figuras alongadas, rostos serenos e detalhes arquitetónicos sob baldaquinos em forma de edifícios miniaturizados, assentes sobre mísulas com representações de animais ou seres humanos, elemento comum na iconografia medieval. Entre as figuras representadas estão Childeberto I, rei merovíngio (511-558), retratado com barba, coroa e cetro; a sua esposa, a rainha Ultrogota, com coroa e postura serena; e São Vicente de Saragoça (curiosamente, padroeiro da cidade de Lisboa), mártir cristão do século IV, segurando um livro. Estas figuras, que se apoiam sobre demónios ou animais simbólicos, representando a vitória do bem sobre o mal, refletem a importância histórica e religiosa destas personalidades na tradição cristã e na história de França. A igreja ficou, infelizmente, também associada ao Massacre da Noite de São Bartolomeu (1572), quando os seus sinos anunciaram o início da perseguição aos huguenotes.
O portal gótico da igreja de Saint-Germain-l'Auxerrois, em Paris (construída entre os séculos XII e XV e situada em frente ao Louvre), ostenta um grupo escultórico do início do século XIII, representando três figuras religiosas sobre pedestais com figuras agachadas. Estas figuras, provavelmente representando a vitória da fé sobre a heresia, são geralmente identificadas como São Germano de Auxerre (à esquerda), reconhecível pela mitra, báculo e livro; Santa Genoveva (ao centro), padroeira de Paris, segurando um livro (com uma possível pomba, símbolo do Espírito Santo, acima da cabeça); e um anjo (à direita), com asas e um cetro ou castiçal (Arcanjo Miguel?). Os santos seguram livros e bastões, símbolos de sua fé e autoridade. A igreja, antiga paróquia real francesa, testemunhou eventos históricos importantes, como o Massacre da Noite de São Bartolomeu (1572). As figuras agachadas nos pedestais são um elemento decorativo comum em portais góticos, podendo simbolizar a subjugação do mal ou das forças terrenas.
A Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa, possui um interior notável. A nave e a capela-mor são cobertas por abóbadas de berço com caixotões. Sobre o cruzeiro eleva-se uma cúpula. O altar-mor, de dupla face, é coberto por um baldaquino assente em quatro colunas. Ao redor das bases das colunas encontram-se oito estátuas de madeira de grandes dimensões, representando figuras religiosas.
No coro dos cónegos, destaca-se o órgão revestido a talha dourada da primeira metade do século XVIII e o cadeiral de pau-santo. O transepto é separado da nave por três degraus e uma balaustrada de mármore.
A decoração interior é predominantemente barroca. O revestimento azulejar é significativo, especialmente no claustro, onde estão representadas as Fábulas de La Fontaine. A talha dourada é outro elemento decorativo importante, com destaque para o baldaquino sobre o altar-mor, da autoria do escultor Machado de Castro.
A sacristia, situada entre os dois claustros, apresenta um revestimento de mármores polícromos e um teto com uma composição pictórica. O antigo refeitório do Mosteiro foi transformado em Panteão Real em 1885, onde se encontram os túmulos de vários reis de Portugal.